quarta-feira, 17 de junho de 2015

Papo do menor

Eu acredito que ainda viverei 
num mundo onde não terei que provar a todo momento 
que sou inocente, que não sou traficante, 
que não é pelo fato 
de eu morar em um espaço pobre, 
por ser pobre, que mereço levar um tiro, 
ter minha família, sempre excluída, exposta. 
Sou pobre, sou humano. É óbvio, mas muitas vezes... 
Muitas vezes, é preciso dizer. 
Não atire em mim...
Eduque-me, me ame, 
me abrace.

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