quinta-feira, 13 de maio de 2010

um para quê

talvez não fosse nada
ou o mundo a desabar
o tempo "imprevisível" unitário
nos faz joguetes da vontade
quando quis, sem bis, mais
não que faltasse tempo... falta...

viva la vida: música festa
me perdi: inclusive o poema
exclua, mas não a si
faltou-me verbo, desviei

talvez seja sono, ou pileque
moleque não brinque com fogo
a roupa de cama é limpa
o estrago, maior
mas ria, sem disritmia
tum tum, ouço samba
ou coração
que marca à roda, ciclo
serenei sem sereno, sei
que de tudo, nada
nem folhas, livro, vidro
nem... sonho.

mosquito caminhante

malfadado não voa, caminha
borboleta, graúna, sabiá, não!
com asa, como se não tivesse
tem o ar, prefere o chão.
que razão!?
do alto a dor se alteia
talvez não ver
na verdade é o voar
que não pode ser
uma pesa mais que a outra
lateralmente viver?
por isso anda-se para não pender.