quarta-feira, 22 de julho de 2009

il nome d'amore

Ao som de “same mistake”, tenho a pretensão de rabiscar algumas-outras palavras acerca do amor. Percebo o quanto a música é penetrante e inebriante... travou meus sentidos. A escrita vai pelo mesmo caminho... iludida pela falsa sensação de suspensão, a mente cala. Não sei se são sempre os mesmos erros... ou os mesmos pedidos de perdão ou as falsas promessas... mas a vida vai. Olho em volta e não me vejo... nem te vejo... nem nos vemos... ou somos um sonho... ou sonho. Ontem enquanto dormia, observei teu semblante (de um modo diferente)... e vi (na covinha de teu rosto) tanto amor que por um instante flutuei... talvez seja a idéia de “outono” e a falta de verbo. Naquele exato momento, me lembrei que a linguagem não mais oferece (se é que já ofereceu) vocábulo que dê conta do que sentimos... e tudo se resume ao que vi naquele espaço minúsculo de teu rosto. Ao passo que desprezo as ações humanas, lamento o fato de as pessoas não poderem sentir o que somos e temos... viver o que vivemos... infeliz o humano que não tem ou teve amor... infeliz o humano que precisa ter amor... pois não tê-lo é a desgraça maior... pior que não nascer é não amar (mútuo)...

Sou ridículo, risível, porém feliz... palhaço, mambembe... esqueço o mundo, alieno-me... sem maiores obrigações... canto... não faço exageros... não cometo usuras... nem loucuras... um amor não pode ser isso, como não pode ser aquilo... mas há de ser isso e aquilo... segue uma toada, que não precisa necessariamente ser monótona... muito menos corriqueira, rotineira... muda-se o tom... improvisa-se... posso dizer que está tudo certo... que está tudo bem... quem o saberá?... essas coisas não se sabem... se sentem... já disse isso em outro lugar... que não aqui...

Será que podemos fazer um mundo melhor?... sei lá... não podemos ter “o sentimento do mundo”... aliás, podemos sim... comprei-o na última semana... queria que os demais seres pudessem captar o que se passa no momento em que nossos olhos se concentram uns nos outros... talvez pudesse soar como uma bomba H de efeito benéfico... infelizmente os químicos das indústrias bélicas americanas ou iranianas não são capazes de causar tal bem à humanidade... contudo, nessa troca de olhar cabe o mundo e, ao som de Oasis, posso dizer que em e por nosso amor “All Around The World, you've gotta spread the word/ Tell 'em what you've heard/ You're gonna make a better day/ All Around The World, you've gotta spread the word/ Tell 'em what you've heard/ You know it's gonna be okay*”.

*os versos pertencem à música “All around the world”, Oasis

2 comentários:

  1. O amor.
    É tão difícil falar sobre ele, ou somos nós que complicamos? Sou apenas uma jovem garota tentando entender a vida e seus mistérios. Acho que só saberei o que dizer quando amar de verdade. Deixo essa tarefas para os amantes.rs

    Gostei do texto.
    Ah..desculpa a demora de responder ao seu comentário no meu blog.

    abraço

    ResponderExcluir